quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Thalía volta mais autêntica

Thalía não tem medo das críticas, reconhece que, entre luzes, câmeras e maquiagem, chegou a se desfocar de tal forma que se converteu em um personagem. Mas que felizmente voltou a pôr os pés no chão e agora até rir de forma ameninada e sensual com a qual costumava a falar em público.

Por isso, que agora ao retornar a sua carreira musical, a artista mexicana decidiu se mostrar como é. E com o passar do tempo, se encarregou de tirar as dúvidas daqueles que não a consideravam uma grande cantora. Seu novo CD, "En Primera Fila", que será lançado no dia 1° de dezembro, é o resultado desse processo, do qual falou com exclusividade para "El Nuevo Dia", entre outros assuntos, como a dança que teve com o presidente norte-americano Barack Obama.

Porque esta produção é tão especial?
Porque me dá a oportunidade de me mostrar desde outra perspectiva e fazer com que possa tirar de mim um pouco esse obstáculo de tantas imagens que formou em mim mesma durante todos esses anos de carreira. Coloquei um jeans, camiseta, o cabelo preso em um rabo de cavalo e bem pouca maquiagem, para eu me concentrar somente na voz e na música.

Você sentia a necessidade de demonstrar para as pessoas que você canta de verdade?
Simplesmente queria me comunicar, cantar músicas com conteúdo, que tocassem na alma de quem as escutasse. Esse processo de buscar músicas que tivessem vida nos tomou quase um ano e um tempo mais para fazer as músicas que queriamos. Me empenhei em me preparar fisicamente, mentalmente e vocalmente para poder me conectar ao coração das pessoas.

A voz sempre esteve aqui, mas, também estiveram as "distrações" do mundo artístico, como por exemplo da moda e do look. Muitas vezes o artista fica envolvido em um monte de coisas externas e se esquece do mais importante, da coluna vertebral de um cantor, que é a voz. Foi assim que me aconteceu para eu poder me reencontrar como cantora.

Você admite que antes você não era você mesma?
(Risos). Quando alguém faz uma prévia da vida própria e suas várias fases, chega a um determinado momento que você diz: 'Isso não é mais para mim, agora isso me incomoda'. E você dá lugar para que surgem coisas boas e novas. As vezes realmente doi em se dar conta das coisas que você fez ou da maneira em que você se comportava há algum tempo atrás, mas também é bom, porque te dá forças e valor para se mostrar vulnerável e humano.

Se você escuta minhas primeiras músicas, eram super rockeiras, depois quis fazer todo tipo de gênero musical e agora volto para minhas raízes. Na verdade é que eu fiz de tudo e que maravilha em poder dizer "fiz isso" e que não fiquei só na vontade! Mas que me atrevi a tirar o meu brilho, os disfarces e ser a Thalía que está em sua casa com sua filha e marido, que abraça a sua mãe, e da mesma forma que é com suas amigas.

Foi a sua idéia gravar um show acústico?
Em toda a minha vida sempre quis fazer um unplugged, junto com o público, mas nunca tive oportunidade, uma equipe que me apoiasse e, por isso nunca deu para fazer. Graças a Deus no caminho me cruzei com pessoas maravilhosas (os produtores Paul Forat e Aureo Baqueiro), que tinham a mesma idéia que eu, e se criou uma atmosfera que quando você vê se arrepia. Para a turnê de shows, no próximo ano, eu quero que seja algo muito íntimo, com poucas pessoas que quase estejam em cima do palco.

O single, 'Equivocada', uma composição de Mario Domm (Camila), representa o CD todo?
Esta é uma música intensa, de reflexão com uma letra muito forte e real, que as vezes acontece. Muitas pessoas se identificaram com a letra e me mandaram e-mails. Mas o CD tem músicas que te fazem chorar e outras que te fazem dançar. São dois extremos, porém, com um rumo novo. Também tem um 'medley' de sucessos como (‘Piel morena’, ‘Entre el mar y una estrella’, ‘No me enseñaste’ e ‘Amor a la mexicana’).

Em falar de dança, foi espontâneo o convite de dança que você fez ao presidente Barack Obama?
(Risos). Vou te dizer o que aconteceu. Antes do 'show' nos levaram para conhecer o presidente e a Primera Dama. Ele comentou comigo sobre minha apresentação e nesse momento eu disse a ele que então o iria chamar para dançar e ele me disse: 'It's Ok with me'. Foi assim que me surgiu a idéia. No palco, eu fiquei pensando: 'O pior que me pode acontecer é que quando eu descer a escada o Serviço Secreto me faça voltar ou que quando eu chegar à mesa, o presidente me olhe e diga que não! Enquanto eu pensava nisso, minhas pernas automaticamente iam andando para a mesa. Quando cheguei foi do mais respeitoso, espontâneo e lindo.

E você gritou: Macho!
Sim, porque na letra da música diz 'mi macho de corazón' e acabei falando isso.

Ficam dizendo por ai, que Michele Obama ficou com um pouco de ciúmes...
Sempre tem pessoas maliciosas que querem fazer polêmica, de onde nem tem. No final ela meu deu dois beijos e até compartilhei com suas filhas...

Qual foi a melhor experiência que você teve na Casa Branca?
O que eu guardarei sempre é de ter cantado para o presidente, pois é um sentimento patriótico que tenho guardado, porque naquele momento estive representando o meu país e sei que tenho que dar o melhor por minha pátria. É como dizer: Viva o México!

E como está a sua filha Sabrina?
Já fez dois anos e está lindíssima. Se expressa muito bem, é muito clara e bem comportada. Também é muito teimosa, pois sempre quando quer alguma coisa, consegue, como a sua mãe.

Você tem planos de aumentar a família?
Claro que sim, no futuro.

Como te completa a rádio como meio?
Eu gosto muito porque tenho outro tipo de público. É muito divertido, porque falamos de saúde, finanças, imigração e também rimos. Além disso, você se mostra como é, pois é a sua voz ali, sem máscaras.

A atuação já não está mais em seus planos?
Está sim. Mas é que ainda não me chegou um roteiro perfeito, que eu goste, não falta convites, porém estou me guardando para fazer algo bonito e impressionante.

Você acha que conseguiu um equilíbrio de vida?
Estou em um momento muito importante na minha vida, no qual a maternidade me deu uma nova visão. Na qual tenho uma forma muito mais orgância de me compartilhar como artista. Tenho minhas prioridades claras, minha família vem em primeiro lugar, mas também tenho outra família que são todas essas pessoas que tem me apoiado desde que comecei a minha carreira, aos nove anos de idade. Então tudo está muito bem equilibrado.
Fonte: El Nuevo Dia
Traduzido por: Suelen Alves (A Diva Thalia)

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